A onda de frio que começou no final de junho já dura duas semanas no Rio Grande do Sul, mantendo o estado sob baixas temperaturas. Nesta quinta-feira, o clima será mais um dia gelado, com muitas nuvens, possibilidade de chuva e garoa. Apesar da nebulosidade, algumas aberturas podem ocorrer em cidades da Metade Oeste. A Serra Gaúcha terá nebulosidade abundante, com chances de precipitação. Porto Alegre terá um dia com muitas nuvens, sem previsão de chuva. As temperaturas continuarão baixas, com mínimas no Oeste e altas que não ultrapassam um dígito em diversas regiões.

Equipes de resgate no Rio Grande do Sul continuam em busca de dezenas de pessoas desaparecidas devido às enchentes. Desde o início das chuvas, 420 pessoas foram dadas como desaparecidas, com 214 encontradas vivas e 143 mortas. As buscas são complicadas na Serra Gaúcha devido aos deslizamentos de terra causados pelo mau tempo. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre está compilando os dados das buscas, enquanto a polícia e bombeiros não param de trabalhar incansavelmente para encontrar os desaparecidos.

Luiz Carlos dos Santos, de 65 anos, morador de Faria Lemos, no interior de Bento Gonçalves, vivenciou a terceira enchente em oito meses, causada pelas fortes chuvas na Serra Gaúcha. A casa do aposentado ficou tomada de lama, com marcas acima dos 2 metros no andar de cima e o térreo transformado em um lamaçal. Ele compara a situação à tragédia de Brumadinho, destacando a falta de assistência e o impacto das barragens na região. Enquanto planeja reconstruir sua casa, Luiz Carlos lamenta a perda e a falta de apoio das autoridades, enfrentando a incerteza da reconstrução.

Na madrugada desta segunda-feira (13 de maio de 2024), diversas cidades da Serra Gaúcha, como Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Pinto Bandeira, registraram tremores de terra. Os abalos, de aproximadamente 2,3 graus, foram sentidos em vários bairros, levando os moradores a saírem de suas casas. O geólogo Caio Torques explicou que os tremores foram causados pela acomodação de camadas rochosas subterrâneas, refutando qualquer risco de destruição. O excesso de chuvas das últimas semanas foi apontado como um possível acelerador desses eventos. Nas redes sociais, internautas compartilharam vídeos dos efeitos dos tremores.